domingo, 22 de maio de 2011

EXISTENCIALISMO, INEXISTENCIALISMO CÉTICO : SARTRE, HEIDEGGER, NIETZSCHE, ARISTÓTELES...

Os Estados Unidos não existe como pessoa real; não tem existência
enquanto pessoa real, natural. Trata-se de uma essência do pensamento,
da metafísica ( metaphysis) e não de uma existência, algo puramente físico, da
"Physis" grega. o pensamento de Aristóteles e toda a teologia
medieval, e toda a filosofia ou metafísica ou filosofia ocidental move-se nesse
espaço de tensão residual.
Outrossim, os Estados unidos é uma personagem do Direito
internacional, da economia global, globalizada, um ator ou atriz desse
universo político, geopolítico, um ente mental ou de razão, um ser
posto pelo homem : o ser que põe o pensamento no mundo sob diversas
formas ou idéias; enfim, os estados Unidos da América rica do Norte é uma
pessoa fictícia, embora haja um território, um governo, uma etnia ou
povo sob essa denominação ou assim nomeada, inteligido.Todavia, tal
ente é apenas um estado nominal e de relações abstratas e fáticas
construídas por indivíduos que, ao milhões, formam o que se chama
Estado, país ou nação, nome ou inteligência com que se denomina o
ente em questão, uma das inúmeras pessoas inexistentes ou inventadas :
um centauro mitológico como tudo o que caracteriza os produto do homem,
esse centauro mítico e real : meio a meio sobre o corpo do cavalo e do
homem.
Os Estados Unidos é apenas uma pessoa fictícia, uma personagem do
teatro grego ou romano do Direito, uma mera abstração da mente humana
que, evidentemente, não está no mundo natural, mas apenas no
social.É fauna e flora do Direito, mito, enfim, e, claro, rito, que
teatro é rito para alguns atos em sequência, sucessivos, temporais,
num determinado espaço exíguo, que contenha a finitude dos atos
humanos reais e a um tempo representados e representáveis.
Antes da pessoa ou personagem do Direito ( pessoa jurídica) houve no
teatro grego a persona, pessoa ou personagem ou pessoa que representava, o
ator, o em ato, ou "atual", o atuante, o que age no momento e nunca
antes do tempo, senão por ficção poética ou jurídica, ou outra ficção.
O ato humano de pensar e "conviver" com inexistências começa com Deus
ou os deuses. Chamemos de "inexistencialiasmo" teísta ou deísta.Quiçá
foi a idéia de um deus, uma ou muitas divindades que encetou todo o
pensar do homem, que o fez capaz de discernir entre a verdade e a
mentira, o real e o imaginário, enfim, o fundamento fundante de todo o
conhecimento, que é diverso do saber; o saber se funda nos sentidos : é
empírico.
No dizer de Aristóteles e dos teólogos medievos, vivemos em meio a
existências e inexistências, sendo as inexistências simples essências,
ou o nada, ou o ser, que é o nada em palavras que o homem nomeia,
interage intelectualmente. Enquanto seres e humanos estamos na
fronteira entre a essência ( o ser, o pensamento, a metafísica, que
somente se passa na mente humana, os conceitos, as palavras ) e a
existências : as coisas reais, naturais, os entes, os fenômenos.
A essência ou ser são inexistências, pessoas do discurso, pessoas
irreais, personagens fictícias, personagens ou pessoa s de história,
não naturais ou reais.Idealidades e não realidades.
O ser humano forja um mundo ou muitos mundos que não existem, um mundo
de essências que não tem qualquer existência : amor, religião, deus,
deusa, Direito, filosofia, poesia... enfim, tudo o que é humano,
demasiado...humano, disse Nietzsche. Nesse mundo de essência ou do ser
ou do pensamento ou do espírito ou da alma, ou da metafísica, ou da
filosofia,ou do Direito, ou no Estado de Direito ( ou não ) se abriga
e vive o homem e a mulher : e a sua prole.
O existencialismo, neste sentido, deveria ser denominado
inexistencialismo. Assim, o existencialismo de Sartre, Heidegger,
Nietzsche, seria antes um inexistencialismo ateu, cético.

Nenhum comentário:

Postar um comentário