Eu sou um poeta
e o poeta é um vagabundo,
ao menos o poeta que erra em mim,
errabundo pelo mundo fundo, raso, abundante.
Andarilho vou pelo caminho
observando bosta de equídeo
fezes de bovídeos,
observando bosta de equídeo
fezes de bovídeos,
boiada que foi
e ficou no odor
e ficou no odor
oxalá a exalar do pasto!
( Aposto no aposto
do pastor a posto
no discurso postado
na pastagem em passagem
em grama ou vagem
pelo ruminar do bovídeo.
Estarão as reses a rezar
e eu a ouvir
com ouvido meu
ou do mel do poeta :
mel-de-coruja ?).
João Guimarães Rosa era um poeta ;
aliás, é um poeta porque o poeta não morre,
pois o poeta não é o homem,
mas um ínfima porção do homem;
todavia, este é mortal
consoante reza o silogismo
e está preconizado na voz das esfinges
que não fingem os desertos
em que estão ambientadas no Egito :
seu nicho é o deserto.
De mais a mais, um poeta
antes de ser um escritor
e escriturar sua poesia
sorvida em vida,
( este sorvedouro doudo
que a vida é ),
o poeta é um pensador
o poeta é um pensador
anterior em gramíneas
ao grande canto do sertão
e as veredas esparsas nos gerais
com reflexos narcisista nas águas azuladas
e as veredas esparsas nos gerais
com reflexos narcisista nas águas azuladas
pelas pauladas
abauladas
e aladas no céu
mas arraigadas nos pés
de buritis verdejantes
e na exuberância "floreada" da florada
em causa resolvida e revolvida na vida
e na morte em esgrima com florete
ou pistolas em duelo
de jasmins, bogaris sob céu gris
levados os anis vis,
bis bisados. Xis.
levados os anis vis,
bis bisados. Xis.
O poeta é o pensador
que, antes de ter o ser posto por escriba,
existe no homem,
aflora em ser na espécie humana
desde menino e menino,
filho, filha, neto e neta, bisneto, bisneta,
tataraneto, tataraneta,
na mesma infância em que esteve o corpo e a alma
do homem e da mulher ontem e sempre :
que o menino é para sempre : eterno,
enquanto o homem é passageiro
da barca de Caronte.
A mulher é imortal.
Eterna na viúva
fica até o fim dos tempos e dos hussitas.
João, não o Huss, mas o Rosa,
ou a rosa sertaneja
( O João, a rosa : a rosa escarlate era o João balalão do sertão
tão extenso, intenso, denso, ancho....).
O João da Rosa
- dos ventos nas madeixas de ameixas das sertanejas
escreveu do joão-de-barro em casa
( não ao João-de-barro em ninho de passarinho, passariforme)
uma palavra que escreveu, não leu... :
"nonada!"
- uma espécie de fac-símile do vetusto bardo,
- uma espécie de fac-símile do vetusto bardo,
cantor em Homero,
ou em meros rapsodos,
pensador em Hesíodo,
os quais tinham como brado,
brasão ou palavrão, do calão,
invocar as musas.
os quais tinham como brado,
brasão ou palavrão, do calão,
invocar as musas.
Ele, o escritor-descritor dos sertões de minas,
evocava o nada e o tudo na palavra "nonada".
Este vocábulo era lançado ali
na cabeçeira do livro
tal qual estava na cabeceira do rio
ou do homem que lê um livro de cabeceira.
Com a locução "nonada"
o aedo sertanejo fazia o intróito do filósofo satírico
que assim se representava e se alienava
de homem em filósofo
dando um tom de desprezo a tudo
ou fingindo um ar escarnecedor
como poeta fingidor
que se representa em Fernando Pessoa,
poeta de um campo de cajueiro
que assim se representava e se alienava
de homem em filósofo
dando um tom de desprezo a tudo
ou fingindo um ar escarnecedor
como poeta fingidor
que se representa em Fernando Pessoa,
poeta de um campo de cajueiro
que não existe,
mas se representa em versos plácidos
à cor do anil
ou do que tocava no disco de vinil
no mês de abril
que abriu maio em flor festeira.
evocava o nada e o tudo na palavra "nonada".
Este vocábulo era lançado ali
na cabeçeira do livro
tal qual estava na cabeceira do rio
ou do homem que lê um livro de cabeceira.
Com a locução "nonada"
o aedo sertanejo fazia o intróito do filósofo satírico
que assim se representava e se alienava
de homem em filósofo
dando um tom de desprezo a tudo
ou fingindo um ar escarnecedor
como poeta fingidor
que se representa em Fernando Pessoa,
poeta de um campo de cajueiro
que assim se representava e se alienava
de homem em filósofo
dando um tom de desprezo a tudo
ou fingindo um ar escarnecedor
como poeta fingidor
que se representa em Fernando Pessoa,
poeta de um campo de cajueiro
que não existe,
mas se representa em versos plácidos
à cor do anil
ou do que tocava no disco de vinil
no mês de abril
que abriu maio em flor festeira.
As ideias mudam
vivem num contexto
que e um momento de vida
na qual o papel é declamado em ode ou elegia
de saúde ou doença
no palco ou no frontda do que se fala em vida,
que é o falar e calar da biologia
em seu discurso em "logos",
porque a ciência não é realidade,
mas mera realização
dos homens "sapiens" "sapiens",
no pensador, no filósofo e no poeta
e "faber" no engenheiro.
Em realidade, a biologia é apenas uma locução
cujo tema é a vida
locada do outro lado a poesia
e com tom e estro diverso
no verso que versa
sobre a vida
- vivendo na vivenda com víveres
e víboras! ( cobras-de-vidro).
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